quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O final feliz - Parte V

E agora, José?

Então, foi justamente o que eu comecei dizendo: descobri o segredo da felicidade eterna (que já está quase por vir, segura firme!) e não o segredo do não-sofrimento. Ao lidar com uma perda, a pessoa se frustra, se magoa, sofre, chora, sente dor. Disso não se foge. E digo mais! Disso não se DEVE fugir. O período de cura é processo de uma tonelada de aprendizados. Querer pular tudo isso vai resultar em duas coisas: imaturidade e uma ferida mal-cicatrizada, daquelas que se abrem de novo sem dar muita explicação, trazendo toda a dor de volta.

Mas como diabos eu vou ser feliz em meio a tanta dor
?
Como que eu vou sorrir sinceramente numa segunda-feira de manhã com um buraco aberto no meio do peito
?

Todos dizem pra esperar o tempo passar, pois ele cura tudo. Não deixa de ser verdade: da mesma forma que com o passar do tempo um êxtase profundo vira apenas uma realidade a mais na tua vida, aquela dor lancinante vira apenas uma história cheia de lições pra tu passar adiante assim que alguém precisar ouvir algo reconfortante.

Mas o que eu descobri hoje - TCHÃ TCHÃ TCHÃ TCHÃÃÃÃ (trilha sonora de suspense) é que, querendo, a gente pode evitar que essas perdas sejam coisas tão devastadoras. E aí, sem um taco de baseball atravessando a tua cabeça, fica mais fácil ser feliz o tempo todo.

"Ai, Júlia, tu ainda não explicou COMO!"

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