terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tentativa

Tentando me descrever num punhado de clichês:

Eu sou gente. Não sou bicho.
Não sou tão gato que não precise de carinho ou não seja confiável. Nem tão cachorro pra me vender por um agrado e perdoar tão fácil.

Eu sou gente. Não sou remédio.
Não tenho dose certa. Não sei minhas contra-indicações. Meus efeitos colaterais não vêm em bula.

Eu sou gente. Não sou máquina.
Não existe assistência técnica pros meus defeitos. Lidar comigo não se resume num manual de instruções. Não tenho botão de 'desliga'.

Eu sou gente. Não sou receita.
Meus ingredientes variam o tempo todo. Posso ser ácida, doce, azeda, amarga ou apimentada demais - vai depender do paladar alheio. Mas, ocasionalmente, sou difícil de engolir.

Eu sou gente. Não sou roupa.
Não tenho etiqueta, nem ocasião apropriada. Não estou na moda, nem fora dela.

Eu sou gente. Não sou produto.
Não tenho rótulo. Não existe cópia. Não estou à venda na boutique, nem na Renner mais próxima. Não tenho preço.

Eu sou gente. Não sou todo mundo.
Nem a mesma pessoa todos os dias.

Eu sou gente. Eu não sei quem sou.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

...

Quando é paixão, a pessoa se torna um membro teu. Um braço.
Então, quando a gente se afasta é como se deixasse ele pra trás.
A gente sangra, chora, sofre demais. Tudo que era simples fica difícil de ser feito.
Mas ninguém precisa de um braço pra viver. Hora ou outra a gente se acostuma.

Quando é amor, a pessoa se torna um órgão importante. Um pedaço do fígado.
Então, quando a gente se afasta é como se deixasse ele pra trás.
Meu Deus! Tava ali o tempo todo que nem parecia tão importante.
Mas agora faz tanta falta. A gente adoece com a saudade.
Mas sobrando um pedacinho assim ó... Ele se regenera! O amor ressurge novo.

Mas sabe-se Deus o que é que eu estou sentindo.
Quando te deixo fico sem braço E sem fígado...
Mas levo em troca um sorriso de mil dentes estampado na cara.

Te amo ;)