quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O final feliz - Parte IV

A partir de agora, duas coisas podem acontecer. Mas, fato é, levam a um mesmo fim: transformação. A felicidade não permanece a vida toda sob a mesma forma.

1) Voltando à metáfora do BBB, aquele ex-participante, agora milionário, um belo dia vai se acostumar à nova vida. E não que eu esteja dizendo que essa nova vida não o faça feliz. Mas conforme a sensação de conquista se distancia, tudo que era novo, já se tornou cotidiano. E o ser humano necessita de objetivos, de planos. Conforme fixa outras metas, ele deposita nelas, novamente, a felicidade. E começa um novo jogo, o vencedor volta a ser mero participante, em busca do prêmio final.

Essa hipótese é natural e é o desejo de todos: que a felicidade nunca se vá, apenas se transmute. Enquanto briga pelo outro prêmio, o jogador pode continuar rico, se souber administrar sua fortuna. Aí é só acumular felicidade, realizações e morrer tranquilo, sabendo que aproveitou o que tinha pra aproveitar.

2) Numa segunda hipótese, a vida nos foge de controle. Coisas inesperadas acontecem e nem o mais faceiro dos indivíduos pode evitar, apenas por energias positivas que emana, o mundo de girar. Um assalto ao cofre onde o milhão se encontrava. Uma queda brusca na bolsa de valores. A vida pode te tirar de chofre toda a felicidade que tu tinha nas mãos, assim, sem aviso prévio.

Isso é o que acontece em outros muitos casos e que ninguém deseja para si: lidar com a perda. A morte, o divórcio, a falência. Qualquer que seja, a dor da perda é se sentir impotente frente a uma situação. Na minha opinião, o pior sentimento que existe... Assistir teu milhão ser roubado com uma arma na cabeça. Não há nada o que fazer, teu dinheiro nunca mais vai voltar. Assim como não se pode voltar no tempo, não se pode ressuscitar pessoas, não se pode recriar sentimentos idênticos aos que já foram sentidos outrora.

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