quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Eu sou simples. Ridiculamente simples. Pateticamente clara. Vai ver é por isso que escondo substantivos pouco complexos em intrincadas redes adjetivas. E sigo me sentindo exposta.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

09:39

most people do not actually live their lives, so much as they are lived by them. you're driving on what you think is an unique path. it is, in fact, the same path everyone else is driving on. it's sad, isn't it? feeling so alive and acting so mechanic. so many things happening to us and none of them being caused by ourselves. at least not voluntarily. of course, we have collisions. intended or not. they make history. and you can be a part of your own.

make something happen today.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

californication

violinos poetizam a madrugada. marginais. poesia na rua. pensamento noturno. excessos insones.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

#144

eu estava ali, entre o vidro estilhaçado e ela. mil pedaços por todo o chão da sala. a calma e diligência com que ela recolhia cada um deles me deixava pasma. como se ela enxergasse um remendo possível naquele pó cortante. não apenas possível: merecedor. merecedor da paciência, da gota de sangue que escorria polegar abaixo, da dor nas costas de passar horas debruçada. era uma esperança que eu já havia perdido e só recobrei por conta daquela cena.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

im.pro.du.ti.vi.da.de

irresponsável. imatura. inconsequente.

eu sempre alternei extremos.
de auto-crítica implacável, passei a condescendente com meus próprios erros. já que o exagero é regra, porque não escolher a parte mais divertida? inclusive chama bastante atenção. praticamente o pacote completo quando se é carente. nada como transformar a própria irresponsabilidade em transgressão. ser um idiota e parecer genial.
às vezes é preciso que outros olhos nos sirvam de espelho pra ver o estrago.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

sigh

chega, me aperta, me beija, me lambe. me puxa, se esfrega. me arranha, ri, fecha o olho. me amassa, me cheira e olha bem sério pra mim. rola prum lado, rola de volta, me abraça, se chega, me esquenta. confessa, vez que outra. se esquiva e sorri. cala. faz plano. discute, conta história. fala abobrinha. me agarra e se despede.

lá pela terceira linha, pensando na última, eu já tenho uma pontinha de saudade. como pode, né?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Se desse pra recortar um pedaço

da minha vida e colar em palavras seria mais ou menos assim:

eu não sei como se chega onde se está.

Is this the real life-
Is this just fantasy-
Caught in a landslide-
No escape from reality-
Open your eyes
Look up to the skies and see-
I'm just a poor boy,I need no sympathy-
Because I'm easy come,easy go,
A little high,little low,
Anyway the wind blows,doesn't really matter to me,
To me

Mama,just killed a man,
Put a gun against his head,
Pulled my trigger,now he's dead,
Mama,life had just begun,
But now I've gone and thrown it all away-
Mama ooo,
Didn't mean to make you cry-
If I'm not back again this time tomorrow-
Carry on,carry on,as if nothing really matters-

Too late,my time has come,
Sends shivers down my spine-
Body's aching all the time,
Goodbye everybody-I've got to go-
Gotta leave you all behind and face the truth-
Mama ooo- (any way the wind blows)
I don't want to die,
I sometimes wish I'd never been born at all-

I see a little silhouetto of a man,
Scaramouche,scaramouche will you do the Fandango-
Thunderbolt and lightning-very very frightening me-
Galileo,Galileo,
Galileo Galileo
Galileo figaro-Magnifico-
I'm just a poor boy and nobody loves me-
He's just a poor boy from a poor family-
Spare him his life from this monstrosity-
Easy come easy go-,will you let me go-
Bismillah! No-,we will not let you go-let him go-
Bismillah! We will not let you go-let him go
Bismillah! We will not let you go-let me go
Will not let you go-let me go
Will not let you go let me go
No,no,no,no,no,no,no-
Mama mia,mama mia,mama mia let me go-
Beelzebub has a devil put aside for me,for me,for me-

So you think you can stone me and spit in my eye-
So you think you can love me and leave me to die-
Oh baby-Can't do this to me baby-
Just gotta get out-just gotta get right outta here-

Nothing really matters,
Anyone can see,
Nothing really matters-,nothing really matters to me,

(any way the wind blows)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

#140

parece infantil, mas a atenção que se dá às cores em volta fala muito sobre o que há dentro de nós. ou é, no mínimo, uma força de projetar um sonho pra fora dos nossos próprios olhos. e é por isso que as cidades são cheias de gente cinza. porque parece infantil dar atenção às cores. e talvez até seja infantil. mas sem que esse termo implicite algo pejorativo. muito pelo contrário. crianças refletem essas cores naturalmente. e o resto do mundo precisa deixar de ser daltônico.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Life wishes

I guess that if I ever have to settle down, the person held responsible for that would have to be someone whose inner child is as big as mine.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Da loucura

De longe, é um muro alto. - sólido, definitivo.
Ali adiante vira uma cerca de madeira. - clara, mas frágil.
Uma linha de arbustos baixos. Um cordão delicadamente alinhado.
Ao pousar meu pé sobre o cordão, ele já não está mais lá.
Em seu lugar resta uma linha desenhada a dedo.
Assim que levanto o calcanhar, mesmo o fazendo delicadamente, ele borra a linha.
E já não há limite definido para nada.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

das distâncias

e cadê o oceano onde eu ia desaguar?
eu só quero ser alguém cuja vida valeu a pena em algum sentido.
more than enough for me, but how hard could that really be?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

.

"It might seem to you that I am in a place
Where I'm losing the direction of my life
But I'm sure that this is nothing but a phase
And right back at ya, 'cause I'll survive."

terça-feira, 1 de junho de 2010

Daqueles momentos

Que te pegam pensativa e socam quantidade assombrosa de abobrinha na cabeça.
Odeio e amo esses momentos. Suponho ser recíproco.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Do futuro

O The Planet portoalegrense continua a girar e girar e girar, portanto houve a necessidade de uma certa atualização do texto "Ficção.. Juro!".
Depois de aproximadamente 8 horas acordadas, Paquetá#1 e Paquetá#2 resolveram imaginar essa caixa de sapato atual daqui a algum tempo. Scarpins e mules à parte, os coturnos continuam pisando em muita merda e divertindo os fofoqueiros de plantão. Pessoas boas e puras como nós não poderiam perder a oportunidade de desenhar nosso lindo futuro.

Paquetá#1, Paquetá#2, Paquetá#3, Paquetá#4, Paquetá#5 e Paquetá#6 domingo foram ao quadro "Arquivo Confidencial" no Faustão. Obviamente passando pelo Estrelas no sábado (por sinal, peguem a receita de fricassê com provolone que Paquetá#2 ensinou! - pra beber, Paquetá#3 fez o eterno Veneno para acompanhar). Paquetá#7 também estava lá, cortando alguns ingredientes, sorrindo para as câmeras e segurando o microfone de alguém, afinal de contas, sem ela a banda não teria ido tão longe.

Esse domingo fez história no programa do ex-gordo mais famoso da TV. Afinal de contas, foi a primeira vez em que ele não conseguiu falar mais do que as entrevistadas. Logo de cara, Paquetá#4 rachou a cara de Paquetá#1 ao relembrar sua performance MUY sedutora no fatídico aniversário (comecinho de carreira, mas totalmente FIM DE CARREIRA) e todos os outros sórdidos detalhes - COM GESTOS. Mas não faltou pra todo resto. Vingativa, Paquetá#1 comentou sobre as pseudo-jantinhas que entravam madrugada adentro em seu apartamento... e toda a lábia de Paquetá#2 aplicada em Paquetá#8 e sua calça da Tok. Essa revelação também teve troco, e o telão logo exibiu o rostinho feliz de Paquetá#2, com Paquetá#4 ao fundo e a legenda piscante GAME OVER. Paquetá#6 infelizmente não pôde comparecer ao programa, mas estava acompanhando tudo por vídeoconferência (interrompida apenas por uma janelinha inquieta em seu MSN) e relembrou as constantes aparições da polícia em nossos primeiros ensaios. Àquela altura do campeonato, a metade figurante da platéia já estava chocada com tanto bapho em pleno horário nobre. Já a metade MariaGaduística do programa estava em polvorosa e os seguranças não conseguiram conter Paquetá#9 que veio palco adentro abraçar as amigas e dizer "Cara, tô muito emocionada... Sério, meu!". Quando ela foi finalmente retida, um cheiro característico veio dela e de Paquetá#10 e Paquetá#11, que a acompanhavam MUITO CALMAMENTE e elas foram retiradas do PROJAC a passo de tartaruga, cantando "Deixa choveeeeeeeer, deixaaaaaa!". No fuzuê que se instaurou, Paquetá#5 argumentava com Paquetá#7 a respeito do comprimento da saia que a mesma usava e tentando a afastar do fã-clube que jogava calcinhas no palco. Numa tentativa de acalmar os ânimos, Paquetá#2 anunciou que a banda agora apadrinhava a mais nova dupla sertaneja do Brasil. Paquetá#12 e Paquetá#13 entraram de meião e tudo e fizeram sua versão de Meteoro da Paixão em apenas 2 minutos porque o treino da Seleção começava em instantes e titulares não tem muito arrego. A banda encerrou sua participação no programa com "Toda Linda" que há 7 semanas está no topo das 12+ da Rádio Eldorado e no Sucesso da Cidade. Mas nem elas esperavam que o álbum "Bebe, balança, beija e dança" seria agraciado com Platina Dupla. 98% da banda ficou levemente distraída pela morena escultural que veio trazendo o prêmio, mas o importante é que ele foi pra casa das meninas. Por sinal, uma mansão na Zona Sul de Porto Alegre, onde elas ensaiam e lagarteiam na piscina, vivendo a vida que Ana Carolina pediu a Deus - mas melhor.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dos cuidados necessários

Eu só gostaria de acrescentar que, se a gente excede a quantidade de "um gole de vodka" o suficiente, as borboletas se desenrolam, tua língua sai voando, dá um nó nas pernas...
Eu sei do que estou falando.

sábado, 22 de maio de 2010

Do uso de entorpecentes

Não querendo glamourizar o uso de álcool, mas...
Um gole de vodka: mata borboletas no estômago, desata nós na garganta, junta um par de bocas perdidas, desenrola a língua (embora enrole vez ou outra também), espanta o frio e vai me divertir pra porra essa noite.

Desejem-me sorte, vamos fazer um aniversário acontecer.
Beijos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Da inércia

Tá amanhecendo de novo. Virou rotina assistir a cidade acordar enquanto eu ainda não preguei o olho. O foda é que quando eu vejo todo aquele movimento, ouço o burburinho do povo pegando ônibus, o comércio esboçando uma reação... ZzZ.
Mas hoje não, camarão!
Ou eu temo nunca mais acertar os ponteiros com a vida.
Fingers crossed. Preciso encarar o lixo que o apartamento está, o snowball financeiro, a caixa de correio abandonada, essa minha rotina de quem pretende se matar cigarro a cigarro. Queria ser um pingo menos inercial. Só um pingo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Madrugada

Maratona Amy Winehouse, ainda to de pé.
Um viva!

terça-feira, 4 de maio de 2010

A loucura bate à porta

I'm confused. I don't feel quite right. But this sound relaxes me. The one coming from my fingers while they strike random keys and make me write about writing itself - the only comfort I have always/ever had. Sorry, I'm a terrible liar: I have found other ways to comfort myself. The only thing is: I eventually manage a way of losing them, or they suddenly abandon me. It's a ticking clock, a matter of time. They will leave. I will remain. In deep silence, staring at the ceiling, trying to search my mind for some good explanation. Was it my absense? Was it my presence? Was it the fact that interest expires? And I mean for both of us, beholder and object. Isn't the Sistine Chappel fading its colors after so many years of dazzled and sparkling eyes sucking its soul out? Or do our eyes just settle down after a while of the same beauty over and over again? Is there such a thing as this everlasting fresh beauty? The one you can wake up every morning, drink til you get drunk of it, rape and abuse it in order to feel alive.. Then do the exact same thing the next day without feeling an inch of difference?
I count seven question marks so far. I guess that's more than enough for a paragraph.
And what makes me want to go to bed and have my mindblowing creepy dreams is the fact that I know I won't answer these interrogations soon enough.
Good night.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Da boemia

costumo sair pela rua, vagando sem rumo.
à espera do amor, à procura de um prumo.
mas não é hoje!
não é hoje que eu quero uma reta.
quero curvas, quero a incerta
lua pra iluminar meus passos tortos.
só me dá um batuque, que o resto eu faço sozinha...
cadê meu copo? já perdi minha linha!
e ai de quem a encontre...
me erre, por favor! passe longe.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Do eu dentro do eu

Embora a gente decida o que vai fazer da vida, tem alguma coisa muito mais pra dentro que decide o que tu vai decidir fazer dela. Estar à mercê de mim mesma me incomoda profundamente. Até porque meu Eu 1 e meu Eu 2 divergem bastante. Shit.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Do vazio

Deixar o corpo completamente estático. Sentir o próprio peso contra seja lá o que for que o esteja suportando naquele instante. Nenhuma brisa, nenhum som. Bigorna, martelo e estribo sem nenhuma vibração. Nenhum pensamento, nenhuma lembrança - nem boa, nem ruim. Nenhum sentimento. Coração batendo puramente pela necessidade de sangue nas extremidades. Ele desacelera, devagar, conforme a necessidade diminui. O ar deixa deixa o corpo e, sem esforço, não há sequer ânsia por mais dele.

São alguns segundos de uma coisa que parece paz, mas não é.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Da essência

Eu já supus tanto sobre mim mesma e já errei tantas vezes que prefiro ser conscientemente ignorante da minha essência - embora nunca uma desistente na tarefa de encontrá-la - do que jurar pela minha vó e perder a velha amanhã.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Charles Darwin e eu

Tem uma unidade do livro de inglês lá da escola que fala sobre coisas que você planeja fazer nos próximos anos. Eu sempre falava: move to a new apartment, paint my living room, buy a new refrigerator. Entre outras, obviamente. Mas só de pensar que dessas três, que estão altamente interligadas, só falta pintar a sala... Me sinto grande. Tipo que nem anteontem que eu consertei a descarga do banheiro. Tá, não era complexo. Ou quando fiz almoço pra outra pessoa. Não era um prato complicado, também. Mas são coisinhas que viram coisonas na minha cabeça. Sou gente :)

terça-feira, 23 de março de 2010

Concluindo

Mas algumas reflexões conjuntas depois, eu já vejo que 'não fazer sentido' e 'me preocupar' não devem ser sinônimos. Ou seja, problema sem solução não é problema. E, sinceramente, nem chegou a ser. É só aquela ponta da minha vida que não se parece um morango como todo o resto. Mas sem stress, curto mais uma salada de fruta mesmo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Desculpa, não entendi.. ?

De uma forma muitíssimo estranha, meus dois lados se afastam progressiva e proporcionalmente. Deixando apenas a sensação de que a gente passa a vida inteira buscando sentido à toa. Não faz sentindo nenhum, viu, ô Seu Subconsciente!

terça-feira, 9 de março de 2010

Da angústia

Para exercitar sentimentos ruins enquanto os bons predominam :)


-
De onde me encontro vejo uma mangueira carregada. Convidativa, como todas as mangueiras. E digo isso pois passei parte da minha infância pendurado em cima das que cresciam perto de casa. Lembro que eram um refúgio. Agora já não possuo refúgios. Foi-me extirpado, sem dó, o direito deles. Há quem encontre em locais físicos um descanso para a mente. Não posso sair daqui. Há quem prefira uma boa companhia com a qual se sinta confortável, independente de onde estejam. Estou sozinho. Conheço pessoas que se transportam da realidade através da literatura, do cinema, dum jogo qualquer. Não possuo livros, não tenho televisão, nem um baralho sequer. E, finalmente, os privilegiados que se bastam. Ostras-humanas que se aconchegam dentro de suas próprias cabeças e pensamentos. Sempre fui um desses. Mas me colocam limitado até disso. Medicamentos que te podam o raciocínio. Me vejo sentado do lado de fora de mim mesmo. Uma criança de castigo, olhando aflita pela janela, enquanto as outras riem e se divertem.

sábado, 6 de março de 2010

Life Perspective

Go outside, take a look at the beautiful sunset. See how much of life you miss when you decide not to face it chin up. When you choose to turn your back on those amazing little things that happen all the time. When you prefer being blind in front of a Picasso.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dos questionamentos

Por que o ser humano é masoquista?
Eu tinha uma resposta complexa e ótima na ponta da língua.
Até que a pergunta foi reformulada:
Por que a gente é masoquista?

Aí eu não soube responder.
São coisas totalmente diferentes. E do resto do mundo eu entendo melhor do que de mim.

terça-feira, 2 de março de 2010

Compromissos pessoais

Eu penso tanto ultimamente que elaboro uma teoria VITAL sobre qualquer coisa por dia.
Mas é só aplicando esses meus mil conceitos e idéias e os tornando práticos, que eles ganham algum valor. Esse é o problema do mundo: tem gente que só pensa depois de agir, repete os erros a vida toda e não aprende picas. E o que sobra pensa. Pensa. Pensa tanto que não sai do lugar e se torna um ignorante prático, cheio de teorias mortas.
Somando isso a minha inércia sem fim, eu tenho tudo pra fazer parte do segundo grupo.
Mas tô aqui pra firmar o compromisso de entrar pra exclusiva terceira parte do mundo. Achar um uso pra todas essas palavras soltas na minha cabeça. Nem que seja pra dizer no fim que eu fiz TUDO que podia. Acho um alívio essa sensação de tarefa cumprida. Vou em busca dela.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Are you sure?

E vocês acreditam que eu escrevo um texto em SEIS PARTES para que, logo no outro dia, fosse convencida de que usei termos equivocados? Poisé.
Mas jura que eu vou reescrever tudo.. A idéia básica tá ali: sinta positivo, aja, colha o fruto e saboreie. Isso aí se chama vida.
Acordei tendo certeza.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O final feliz - Parte VI

Bom, acho que cheguei onde interessava mesmo: como evitar que as perdas sejam tão cruéis e, consequentemente, tornar nossa felicidade utópica possível? Se eu disser que o segredo tá num termo que eu ouvi numa aula de economia vai parecer a coisa menos "Júlia"do MUNDO! Mas o pior é que está: "diversificação de investimentos". Primeiramente, vamos ao que o termo representa e, para tal, voltaremos ao Big Brother.

Com aquele um milhão de reais, o ganhador pode simplesmente descobrir uma área indicada para investimento e socar toda a grana ali. A merda é que, se der errado vai tudo - todo o milhão - ralo abaixo. Realmente, se torna compreensível que o sujeito em questão se soterre junto, na sua frustração, e demore muito tempo para dar a volta por cima. Ou, o ganhador pode ser esperto e resolver DIVERSIFICAR OS INVESTIMENTOS. Gastar cada pequena quantia da fortuna de formas diferentes para assim, diminuir os riscos de perder seu dinheiro. Na Aula de Economia isso chegava a ser estúpido de tão óbvio. Investir menos em várias coisas ou apostar todas as fichas numa coisa só
? A probabilidade de perder tudo é infinitamente maior quando depende de apenas um elemento. Diversificando, o investidor se permite arriscar em coisas diferentes, já que se algo der errado, ele não vai falir, apenas perder uma pequena porcentagem do que tinha.

A mesma coisa serve pra nossa felicidade. A gente insiste em correr atrás de um prêmio só. E gastar ele todo da mesma maneira. Como, por exemplo, uma mulher que tem por sonho casar e ter filhos. Quando atinge sua meta e é, finalmente, feliz, passa a viver em função da família. Não tem mais as amigas, não tem uma vida profissional satisfatória, não sonhou com mais nada na vida. Aí, um belo dia, o marido sai de casa. Ou o filho morre num acidente de carro. Ou qualquer alternativa louca que arranque o único investimento da vida daquela mulher e jogue pela janela. Ou o homem de negócios que constrói uma empresa do nada e a torna uma potência. O que sobra de felicidade pra ele caso o seu reinado vá a falência? Realmente, difícil ser feliz depois de algo assim.

Mas e se em cada mínimo aspecto da minha vida eu me empenhar? E se o meu dia não depender só do meu emprego, mas também dos meus amigos, da minha família, do meu estudo, das minhas expectativas amorosas, do contato com cada pessoa com quem eu esbarro durante o dia, da dedicação a um novo hobby? Bom, aí se eu perder meu emprego, eu continuo tendo ótimos amigos, uma família legal, ... E por aí vai. E eu sei que alguém deve estar pensando que os exemplos são muito extremos e que a maior parte das pessoas "investe de forma diversificada". Mentira. O exemplo é um extremo, de fato. Mas todos nós tendemos a escolher um refúgio. Aquela razão pra viver. Se tudo estiver um lixo, pelo menos ainda existe o meu Deus ou a minha namorada ou o meu partido ou a minha mãe. Sendo que o raciocínio deveria ser inverso: mesmo que uma coisa falhe, eu tenho vários outros motivos pra querer acordar amanhã e fazer um dia ótimo.

E pra cobrir todas as possibilidades: e se der TUDO errado ao mesmo tempo
?
Pouco provável, porém possível. Bom, aí eu te digo o seguinte... Se tu perder a vida, não vai estar consciente pra lamentar e tocar a mesma adiante. Se tu tem condições de ficar ranzinza, quer dizer que ainda tem plena saúde pra correr atrás de cada moedinha e refazer teu milhão.

O final feliz - Parte V

E agora, José?

Então, foi justamente o que eu comecei dizendo: descobri o segredo da felicidade eterna (que já está quase por vir, segura firme!) e não o segredo do não-sofrimento. Ao lidar com uma perda, a pessoa se frustra, se magoa, sofre, chora, sente dor. Disso não se foge. E digo mais! Disso não se DEVE fugir. O período de cura é processo de uma tonelada de aprendizados. Querer pular tudo isso vai resultar em duas coisas: imaturidade e uma ferida mal-cicatrizada, daquelas que se abrem de novo sem dar muita explicação, trazendo toda a dor de volta.

Mas como diabos eu vou ser feliz em meio a tanta dor
?
Como que eu vou sorrir sinceramente numa segunda-feira de manhã com um buraco aberto no meio do peito
?

Todos dizem pra esperar o tempo passar, pois ele cura tudo. Não deixa de ser verdade: da mesma forma que com o passar do tempo um êxtase profundo vira apenas uma realidade a mais na tua vida, aquela dor lancinante vira apenas uma história cheia de lições pra tu passar adiante assim que alguém precisar ouvir algo reconfortante.

Mas o que eu descobri hoje - TCHÃ TCHÃ TCHÃ TCHÃÃÃÃ (trilha sonora de suspense) é que, querendo, a gente pode evitar que essas perdas sejam coisas tão devastadoras. E aí, sem um taco de baseball atravessando a tua cabeça, fica mais fácil ser feliz o tempo todo.

"Ai, Júlia, tu ainda não explicou COMO!"

O final feliz - Parte IV

A partir de agora, duas coisas podem acontecer. Mas, fato é, levam a um mesmo fim: transformação. A felicidade não permanece a vida toda sob a mesma forma.

1) Voltando à metáfora do BBB, aquele ex-participante, agora milionário, um belo dia vai se acostumar à nova vida. E não que eu esteja dizendo que essa nova vida não o faça feliz. Mas conforme a sensação de conquista se distancia, tudo que era novo, já se tornou cotidiano. E o ser humano necessita de objetivos, de planos. Conforme fixa outras metas, ele deposita nelas, novamente, a felicidade. E começa um novo jogo, o vencedor volta a ser mero participante, em busca do prêmio final.

Essa hipótese é natural e é o desejo de todos: que a felicidade nunca se vá, apenas se transmute. Enquanto briga pelo outro prêmio, o jogador pode continuar rico, se souber administrar sua fortuna. Aí é só acumular felicidade, realizações e morrer tranquilo, sabendo que aproveitou o que tinha pra aproveitar.

2) Numa segunda hipótese, a vida nos foge de controle. Coisas inesperadas acontecem e nem o mais faceiro dos indivíduos pode evitar, apenas por energias positivas que emana, o mundo de girar. Um assalto ao cofre onde o milhão se encontrava. Uma queda brusca na bolsa de valores. A vida pode te tirar de chofre toda a felicidade que tu tinha nas mãos, assim, sem aviso prévio.

Isso é o que acontece em outros muitos casos e que ninguém deseja para si: lidar com a perda. A morte, o divórcio, a falência. Qualquer que seja, a dor da perda é se sentir impotente frente a uma situação. Na minha opinião, o pior sentimento que existe... Assistir teu milhão ser roubado com uma arma na cabeça. Não há nada o que fazer, teu dinheiro nunca mais vai voltar. Assim como não se pode voltar no tempo, não se pode ressuscitar pessoas, não se pode recriar sentimentos idênticos aos que já foram sentidos outrora.

O final feliz - Parte III

E agora vem a parte da metáfora. Foi a que me veio na mente na hora. E é patética.
(Tô com vergonha de realmente continuar o texto usando isso como comparação, mas que se foda, foi o que me surgiu na cabeça)

OS PARALELOS

Ok, imagine agora que a vida é o Big Brother.
Dentro da casa, acontecem inúmeras coisas, tu conhece pessoas, rolam atritos, tu sente pressão, tu sente saudade. Existem mil fatos, sentimentos e coisas para se viver. No entanto, o objetivo do jogo é ganhar o milhão. Portanto, o milhão é o teu foco.

Essa é a felicidade.
Existem inúmeras coisas permeando nossa vida, mas no fim de cada dia, o que vale é a gente se sentir mais perto de conquistar aquilo que vai nos trazer felicidade. Ou de já estar feliz.

O jogo se desenrola bem e, passadas diversas provas, tu conquista o teu objetivo. Tu leva o milhão pra casa. Vem aquela sensação de euforia louca, de plenitude, de nirvana, de êxtase, de meu-Deus-eu-posso-acabar-explodindo-se-sentir-isso-durante-mais-um-minuto. E, realmente, a gente morreria se ficasse numa descarga eterna de adrenalina.

Essa é a conquista.
A sensação de conquista é o que mais se confunde com felicidade. Por ser intenso e extremamente prazeroso, aquele momento de vitória parece ser o pódio da nossa vida. Muitos vivem em função daqueles poucos minutos de taquicardia. Mas a felicidade não é aquele momento. Até porque, felicidade não é o que tu sente ao conquistar algo, mas o sentimento que aquela coisa em si vai te proporcionar posteriormente.

Bom, agora tu é o mais badalado novo-rico do Brasil. O mundo parece estar aos teus pés e nada consegue tirar o sorriso do teu rosto. Nada é impossível, nada pode te segurar. As pessoas sentem aquilo, se aproximam. Uma enxurrada de coisa boa acontece. E se três bigornas caírem no teu caminho agora, tu tem plena condição de lidar com aquilo.

Essa é a manifestação da felicidade.
Estar feliz tem a capacidade quase que sobrenatural de transformar o que te cerca. E quanto mais tu observa as mudanças acontecendo, mais feliz tu fica. E é uma bola de neve, felicidade gera felicidade. Coisas boas atraem coisas boas. (Eu sei que essa TAMBÉM já descobriram antes, ok?).

O final feliz - Parte II

Qualquer um que tenha conversado mais de 30 minutos comigo sobre alguma coisa relativamente séria e/ou polêmica sabe que, por mais tosca que seja, a metáfora é a minha forma genuína de expressão. Eu só consigo realmente entender algo complexo quando traço paralelos com situações mais palpáveis, mais visualizáveis pra mim mesma. E sempre que crio uma metáfora para fazer com que o outro entenda do que estou falando, tenho aquele insight subsequente em que EU mesma entendo alguns aspectos novos que não tinha captado ainda.

Foi o que me aconteceu hoje, enquanto vinha caminhando pela Osvaldo Aranha, ouvindo meu rádio e cantando alto. Eu vinha refletindo sobre o quão feliz estava e sobre quão bom havia sido o meu dia. Mas o ponto alto da minha argumentação comigo mesma era: DA ONDE TANTA SATISFAÇÃO? Pra que vocês me entendam bem, vou ser extremamente sincera. Corram os olhos pelos posts do fim do ano passado em diante. Nem precisa ler, é só sentir o azedume que sai daquilo tudo. Entendido? Depois de momentos assim, é preciso bem mais que um dia qualquer pra te colocar um sorriso no rosto. Mesmo que há tempos já não houvesse tristeza, reinava uma certa desesperança.

Ah! Antes que vocês pensem: "Que merda! Fui enganado! Essa guria não sabe porra de segredo de merda de felicidade nenhuma! Tô lendo 90 parágrafos e ela nem chegou perto de falar algo interessante." Eu sei disso. Mas é que tanto rodeio tem, sim, um bom motivo. Eu não quero chegar e dizer: "a moral é essa aqui, pensa assim que vai ser o máximo". Eu quero que vocês se sintam na minha pele, estejam andando comigo naquela Avenida há 3 horas atrás, liguem os mesmos pontinhos que eu liguei e, de repente.. TCHANÃ! Tenham a mesma luz que eu tive. Porque eu só estou escrevendo isso aqui desse jeito, como quem dá uma palestra, porque realmente acho relevante. Se assim não fosse, teria twittado em 140 caracteres e em forma de piada. Mas eu realmente gostaria de que pelo menos uma pessoa viesse até aqui, lesse, tivesse a mesma epifania e pudesse, assim como pretendo eu, ser feliz pra sempre :)

Então, voltando à Osvaldo Aranha: eu fiquei matutando tudo que tinha me acontecido nos últimos dias que foi me preparando praquele momento. Coisas pequenas. Ou simples. Ou aleatórias. Tudo em diminutivo: pequenas expectativas, pequenas decepções, pequenas realizações. Um dia engraçado, uma situação inesperada, demonstrações cotidianas de carinho por parte de gente que eu amo, uma aula excepcionalmente boa, sei lá. Incontáveis grãos que foram se acumulando nas últimas semanas até subirem na minha cabeça e me sacudirem pra enxergar: são grãos. Mínimas porções de coisas totalmente distintas que juntos tinham capacidade maior do que muito pedregulho por aí. E agora vocês todos vão pensar: "Por favor, não me diz que TU DESCOBRIU que 'a felicidade está nas coisas simples da vida'?" Hahaha. Não, não fui eu e nem foi hoje. Essa parte é praticamente senso comum. Mas ela é apenas uma conclusão, sem grandes efeitos práticos.

- Quais são as coisas simples da vida? Em que momento elas passam a ter graça mesmo? Como a gente faz pra que elas venham duma vez e tragam de arrasto nossa felicidade?
PORRA, SIMPLICIDADE, TÁ ME TIRANDO!

O final feliz - Parte I

Tô começando esse post sem saber por onde que faço isso. Se eu estivesse menos cansada teria vindo pulando Santo Antônio acima depois que me dei conta do produto final da teoria que eu vim trabalhando enquanto caminhava. Que produto seria esse? Parece ambicioso dizer isso, mas cheguei à conclusão de que descobri o segredo da felicidade eterna.

Pois é, se eu fosse a autora de "Quem Mexeu no Meu Queijo
?", teria um segundo best-seller mundial, tenho certeza. Não pela minha teoria, que é, na verdade, ABSURDAMENTE simples. Mas pelo inimaginável que parece essa promessa. Afinal de contas, não é atrás disso que vivemos? Do nosso "E viveram felizes para sempre"?

Antes de mais nada eu quero REPETIR o que foi que descobri, pra não criar falsas expectativas nos leitores. Foi o segredo da FELICIDADE ETERNA. Não foi o segredo da ausência de momentos ruins. Não foi o segredo do orgasmo de 10 dias. Não foi o segredo da imortalidade de entes queridos. Não foi o segredo de como ter a Megan Fox tortamente apaixonada e fiel a sua pessoa pelo resto da vida. Então, pra desconfudir, precisamos rever nosso conceito de felicidade. Pra mim, felicidade é a paz de espírito, a clareza de visão, a vontade de acordar, o prazer de estar vivo. Se a gente entrou em acordo sobre o que é felicidade, então podemos seguir adiante. Se não, tudo bem. Só não vá me chamar de mentirosa porque eu não descobri um poço de petróleo infinito mas sim, uma forma de viver a vida.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Nas bagunças II

"Uma vez que tu te apaixones é mais do que o bastante pra te estragar de vez. O sentimento nunca morre.. Só migra o olhar. Na falta de alguém, a gente se apaixona pela trabalho, pelo bicho de estimação ou até, o pior de todos, pela própria paixão. Estar apaixonado é estar incompleto. Pra sempre."

Nas bagunças

Tô aqui selecionando o que vai pra caixa, o que vai pro lixo, tal e coisa.
Gente, como se acha coisas interessantes no meio da bagunça toda. E vejo que já ter sentido tudo não impede de sentir tudo de novo, nem torna mais fácil. Mas é bom, porque aí a gente sabe que sai vivo dessa. E já tô saindo, na real.. Graças!
E pra comemorar, documentos de dor já curada:

Incerto

Encontrei-te ontem
(sonhando)
Vinhas me abraçar,
chorando.
Quis te ligar, saber de ti.
Pensei:
"Farias o mesmo?"
Não te liguei.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Entre eu, meu blog e 2010

Tá tão mais que na hora de escrever alguma coisa que preste aqui de novo..
[Aí a pessoa espera que as linhas abaixo cumpram essa promessa, mas não, hehe]

Podendo eu apagava 90% dos últimos posts, mas fui reler as coisas mais antigas e, meu, querendo ou não, é um documento da minha vida. Cada frasezinha solta em inglês teve um porque e eu sou meio-humana/meio-elefante, portanto lembro dos motivos. Por água-com-açúcar que seja era a pieguice mais sincera. Por dor-de-cotovelo que seja era a minha dor. Então nada de apagar. Se eu vivi, eu vivi, se eu escrevi, tá escrito.

Mas, né.. Podendo evitar mais xaropada, vou deixar esse aqui como divisor de águas pra coisas melhores. Até porque esse ano promete. E quando a gente diz que alguma coisa promete, a gente não se dá conta.. Quem tem que cumprir é a gente. Não dá pra sentar e esperar 2010 ser um ótimo ano. Eu vou ser um ótimo acontecimento pra 2010. Tô prometendo.

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Dava um dedo pra tirar um recesso de.. uns 6 meses? Ir pra um spa e ficar lá, recebendo aqueles tratamentos exóticos. Mas mais era pra ficar deitada mesmo, sem pensar em porra nenhuma.
Cérebro aflito, que trabalha demais, é foda. Disseram pra mim: "vai ver é por isso que a gente gosta de dormir, é o único momento de descanso." E é verdade, eu queria desligar minha cabeça da tomada, se possível.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Acho tão tosco tu dar continuidade na merda que fazem contigo, sabe?
Tu soca no dos outros só porque o teu já doeu. É baixo, velho.
Hoje é meu dia de não interiorizar a experiência dessa forma. De levar como lição que nem todo mundo é tão gente quanto a gente. Mas nunca me deixar levar no mesmo caminho. Quem faz sabendo o quanto dói erra mais feio.