quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

hyperventilating

é tanto, mas ao mesmo tempo é tão pouco.
matar minha vontade de ti contigo foi tentar matar a sede bebendo água do mar.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

vinte e uma horas, trinta e oito minutos.

eu respiro fundo. fundão. seguro um pouco o ar lá dentro pra ver se faz diferença. expiro sem alívio: cada porção de vento que eu ponho pra dentro parece satisfazer menos.

(suspeito que troquei o oxigênio por ti.
corro o risco de sufocar se tu não chegar depressa!)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

"Seremos nossas"

li a frase e ao invés da enxurrada de palavras que usualmente invade meu cérebro, ele ficou quietinho. não era um silêncio de surpresa, sequer era o tempo necessário pra entender ou pra articular uma resposta: a frase foi curta, direta e veio com ponto final.

e o silêncio então?
veio pra não estragar o som da tua voz falando essas palavras.
quero só que o "seremos nossas" siga ecoando na minha mente em repouso pelo tempo que for possível.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

não sou mais eu, sou meu Eu Lírico

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

normalmente,
sofro de
transbordamentos,
excessos,
sobras,
bordas.

e agora,
tua falta
é mais presente
(e pulsante)
que muita existência
por aí...
"Nossa vida quotidiana é bombardeada de acasos, mais exatamente encontros fortuitos entre as pessoas e os acontecimentos, aquilo que chamamos de coincidências. Existe coincidência quando dois acontecimentos inesperados acontecem ao mesmo tempo, quando eles se encontram: Tomas aparece no restaurante no momento em que o rádio toca Beethoven. Na sua imensa maioria, essas coincidências passam completamente despercebidas. Se o açougueiro da esquina tivesse vindo sentar à mesa do restaurante em vez de Tomas, Tereza não teria notado que o rádio tocava Beethoven. (Se bem que o encontro de Beethoven com um açougueiro seja também uma curiosa coincidência.) Mas o amor nascente aguçou nela a percepção da beleza, e ela jamais esquecerá essa música. Toda vez que a ouvir, tudo que acontecer em torno dela, nesse momento, ficará impregnado com seu brilho."

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

e o ditado diz

"vão-se os anéis, ficam os dedos"
quando, na verdade,
é o contrário
"Aquele que deseja continuamente "elevar-se" deve esperar um dia pela vertigem. O que é a vertigem? O medo de cair? Mas por que sentimos vertigem num mirante cercado por uma balaustrada? A vertigem não é o medo de cair, é outra coisa. É a voz do vazio embaixo de nós, que nos atrai e nos envolve, é o desejo da queda do qual logo nos defendemos aterrorizados."