segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

do terceiro lado da moeda

sempre que vejo um céu estrelado me obrigo a praticar minha noção de profundidade. essa falsa impressão de que o que estamos vendo é uma pintura ou um pano com infinitos furinhos lançado sobre a redoma em que vivemos exige esforços monumentais para se desfazer.
suponho que essa tendência de achatar a realidade se estenda a como nos vemos e, em especial, a como percebemos os outros. preferimos uma percepção simplificada às nuances delicadas que uma terceira dimensão oferece. odeio concluir um texto numa constatação pessimista, mas me obrigo a dizer: nossa chatice achata tudo a nossa volta.

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