quarta-feira, 22 de outubro de 2014

sou o são tomé da esperança eterna. é ver pra crer, mas tem que confirmar umas oito vezes. não conseguia respirar sem saber. saí pra comer alguma coisa e sossegar meu facho. não fui muito longe. pensei na hora: 22:35. corri em direção a parada de ônibus, peguei o primeiro a passar e já puxei a cordinha. a rodoviária já é na parada seguinte. chego no guichê, pergunto pela dupla dinâmica [que jamais passaria despercebida] e a moça informa que, sim, conseguiram pegar o-das-sete-e-meia. o coração, recém alojado na garganta, desceu de volta ao seu lugar de origem. decepção, alívio, saudade e um quarto sentimento que eu não consegui nomear na hora me abraçaram forte. pra não perder a viagem, jantei por lá mesmo. descobri que o quarto sentimento era fome. voltei pra casa me sentindo melhor já. mas ainda tenho uma primeira noite de quarto silencioso pra encarar. e pra todo lado que eu olho, um glitterzinho pisca pra mim.

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